Álvaro Anes de Cernache viveu nos séculos XIV e XV tendo sido o carregador da bandeira da Ala dos Namoradas aquando da batalha de 14 de Agosto de 1385, quando os portugueses inflingiram uma pesada derrota aos castelhanos.
O HERÓI DE CERNACHE ÁLVARO ANES DE CERNACHE
Este blog tem como finalidade divulgar a história da Álvaro Anes de Cernache, nascido em Cernache concelho de Coimbra e sepultado na cidade de Gaia. Foi Porta bandeira da Ala dos Namorados, na Batalha de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385.Pretende-se que este blog seja uma extensão do livro editado pela Junta de Freguesia de Cernache e elaborado pelo Dr. Marco Cruz, licenciado em História pela Universidade de Coimbra e que em 2005 elaborou uma vasta pesquisa sobre o Herói de Aljubarrota, da Ala dos Namorados.Desta basta pesquisa efectuada pelo autor Dr. Marco Cruz, resta aqui dar uma ajuda on-line para os estudiosos na matéria e para que as gentes interessadas nesta bonita história e que aqui tenha um suporte de ajuda que é o que pretendemos afinal com a criação deste blog.Divulgar a história deste herói da Batalha de Aljubarrota e que nasceu em Cernache e assim mostrar também um pouco a terra onde nasceu, os seus problemas ansiedades e carências ajudando a construir uma terra nobre que já foi Vila e que se pretenda seja maior á semelhança deste nosso Herói.
ASTROLÁBIO
BRASÕES
EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA DE CERNACHE-2002/5
Foi sem dúvida graças ao Executivo da Junta de Feguesia de Cernache, nas pessoas de Fernando Verissimo Tenente -Presidente, Tesoureiro - Abel Santos Rodrigues e Secretário Elisabete Mendes que levaram e elevaram bem alto o nome desta Terra e do seu Herói natural, que na sua terra natal não tinha ainda um monumento em sua homenagem.Parabéns a este Executivo que em 2005 inaugurou o monumento e editou e publicou um livro dedicado á história de Álvaro Anes de Cernache em colaboração com o Historiador Dr.Marco Cruz. A todos eles os parabéns.
"Extraído da Monografia Histórica de Cernache do Autor Henrique Matheus dos Santos ” Na egreja de Cernachee ha uma imagem, que tem n'um dos braços, ao collo, o menino de Deus, muito per feita e de rara formosura, que representa Santa Maria, sob a invocação de Nossa Senhora da Assumpção orago da freguezia, no culto que se lhe presta sob a invocacão de Nossa Senhora dos Milagres. Essa imagem, segundo reza a tradicção e nos é transmittida por Fr. Agostinho de Santa Maria, deu entrada milagrosamente naquella egreja, pois que vindo das partes de Lisboa em uma mula para Coimbra, a mulla se encaminhou para a egreja e junto d'ella parou, nau se conseguindo. por mais diligencias que se fizeram, que desse mais um passo À vista deste milagre, e a pedido do povo “ a imagem deu entrada na egreja que se entendeu ella buscava” e ahi, na parede do arco cruzeiro da capella mor, lado esquerdo. se mandou construir um altar com seu levantado throno para n'eIle ser collocada, como de facto o foi. O povo, sempre imaginoso, pinta em seus ingenuos cantares, e com alegres cores, a apparicão de Nossa Senhora dos Milagres, e cuida, confiado em sua não desmentida crença. que ella, como mãe carinhosa e desvelada, nunca lhe faltará todas as vezes que lhe dirija com sincera e verdadeira devoção. Analvsando esta lenda julgamos bem interpretal-a, e achar-lhe o seu verdadeiro significado, dizendo que a imagem de Nossa Senhora dos Milagres e a do menino de Deus foram feitas em Coimbra por encommenda do padroeiro leigo da egreja, que por esse tempo vivia em Lisboa, devendo por esta razão ter sahido d'esta para aquella cidade o dinheiro ou ordem de pagamento das esculpturas, e estas de Coimbra para Cernache, a cuja egreja decerto ellas se destinavam. A pedra de Ançã de que as imagens são feitas, a proximidade d'aquele logar, cerca de dez kilometros ao norte de Coimbra, a excellencia da factura das esculpturas, que os artistas da mesma cidade podiam sobre todos os outros do paiz executar a primor, por ter sido em Coimbra no seculo XVI, onde essa arte attingiu a maior perfeicão, justificam o nosso parecer. Por esta epocha, 1583, data que encima a capella de Nossa Senhora dos Milagres, o padroeiro secular era representado por D. Isabel da Silva, filha de D. João d'Athavde, á qual se deve, é de suppor, o altar de Nossa Senhora dos Milagres e competentes imagens: e a D. João Goncalves d'Athavde, 4.° Conde d'Athouguia, homem rico, se deve a ampliação da egreja em cujo frontespicio se via a data de 1594, epocha do seu acabamento O 4.º titulo de Conde d'Athouguia foi concedido em 1588, por ter fallecido sem filhos, em 1581, o 3.° conde do mesmo titulo, D. Luiz d'Athavde, vice-rei da Índia. Quanto ao culto de Nossa Senhora, mãe de Deus, sob a invocação de Nossa Senhora dos Milagres, é elIe muito antigo. e tanto assim, que em 08 de Outubro de 1721, o escrivão da Camara de Cernache, Christovão Camello Leitão, que não desconhecia a data que encinlava a capella de Nossa Senhora e a do frontespicio da egreja. Dizia; “que do anno da instituição da confraria de Nossa Senhora dos Milagres não havia memoria, constando porem da Bulla do Papa Paulo V, de 15 de fevereiro do anno de 1607, ser unida á Archiconfraria de S. Jeronvmo da cidade de Roma”. Em presença d'estes (actos de presumir que a ins tituição da irmandade de Nossa Senhora dos Milagres seja bastante anterior a 1583 e por ventura quasi coeva da factura da primitiva egreja, em que a fé estava viva e os milagres de Santa Maria se repetiam, passando-se por este motivo, e desde logo, a celebrar o culto de Santa Maria sob duas invocações, uma a de Maria Santíssima, mãe de Deus, debaixo do titulo de sua triumphante Assumpção e outra, a de Nossa Senhora dos Milagres. que a nova imagem veiu definitivamente consagrar, separando-se assim os dois cultos em conformidade com as respectivas imagens. - Cumprehendida pelo modo que expusemos a apparição de Nossa Senhora dos Milagres, o episodio não passa d'urn facto natural, mas a poesia religiosa, que o povo teceu em volta da formosa imagem, perde a graça. o encanto, o frescor das almas simples. sendo preferivel talvez que nós o tivessemos deixado ticar na “ pureza; antiga” repetindo-lhe com o poeta : — que” n'ella durma ….sonhe. . . . e não acorde mais!....”.
Lenda da Nossa Senhora dos Milagres de Cernache-Quadro de Abel Santos evocando a "Lenda"
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